sábado, 30 de outubro de 2010

A Sexualidade do Pastor! Capítulo dois

O Padrão Sexual do Pastor

Será que o pastor tem um padrão de sexualidade? Será que há um modelo ideal, ou mesmo cristão de sexualidade pastoral? Será que existe uma espécie de “cama-sutra” espiritual? Eu creio que sim, pois na bíblia encontramos este padrão de sexualidade. Todos nós sabemos que a bíblia é nosso manual de Fé e pratica, a bíblia é nosso manual de sobrevivência, ela é o manual do proprietário, para que a máquina humana funcione direito! Erroneamente pensamos que a bíblia trata apenas de assuntos espirituais, nós a usamos para preparar nossos sermões, basearmos nossas doutrinas, montar nossas liturgias, e dar suporte a nossos aconselhamentos. As Escrituras falam de tudo que diz respeito ao Criador e suas criaturas. Ela fala abertamente de sexo, tanto no Velho Testamento quanto no Novo, encontramos testos maravilhosos sobre sexualidade. Obviamente não lemos nas Escrituras palavras como: Pênis, vagina, relação sexual etc. Isto apenas é um problema de tradução, por exemplo: Embora o Novo Testamento tenha sido produzido originalmente numa linguagem popular o conhecido “coiné” sua tradução foi feita num português clássico. Estas palavras são trocadas por vocábulos diferentes, são sinônimos, mais suaves, resultado de nosso “tabu” e também de nosso moralismo. Relações sexuais são traduzidas por “conheceu” ou “coabitou” ou mesmo “foi pra tenda”. Órgãos genitais são conhecidos como “entranhas” ou “por baixo da coxa” etc.

Dos sessenta e seis livros das Escrituras, um foi separado, para falar exclusivamente sobre sexo: “Cântico dos Cânticos” É um livro que conta um romance e casamento de um homem e uma mulher na manifestação aberta e direta da sexualidade, é claro que a linguagem é poética, dificultando para nós a compreensão de suas figuras e seus simbolismos. Comparar sua linda esposa as éguas de Faraó, não é muito romântico para nossa cultura ocidental! Para mim o padrão de sexualidade pastoral está neste livro, ao estudarmos Cantares de Salomão, teremos um ideal bíblico de sexualidade para os pastores. Ali nós encontramos a descrição de um amor físico e espiritual, de um homem de Deus com sua esposa! Sabemos que foi Salomão seu escritor e poeta, mas, sabemos também que o autor foi inspirado pelo Espírito Santo para descrever o modelo santo de sexualidade. Creio que a sexualidade pastoral deve ser igual a que esta descrita neste livro, nem mais, nem menos. Cantares descreve o sexo como se o casal não tivesse passado pela “queda”, nem suas conseqüências.

A sexualidade descrita neste livro é de uma beleza, de uma pureza, que só podemos concluir que é totalmente cristã, é como se aquele casal tivesse conhecido Cristo, se convertido e consagrado seus corpos e sua sexualidade a Deus. Posso dizer com toda convicção que “Salomão e Sulamita” segundo o livro de Cantares, é um casal modelo de sexualidade para todos nós pastores e líderes. Tenho colocado em nossa vida matrimonial um alvo de excelência de sexualidade semelhante à de Cântico dos Cânticos.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

O Respeito Divino.

O RESPEITO DIVINO
Ariovaldo Ramos

Jo 21:17
Pela terceira vez Jesus lhe perguntou: Simão, filho de João, tu me amas? Pedro entristeceu- se por ele lhe ter dito, pela terceira vez: Tu me amas? E respondeu- lhe: Senhor, tu sabes todas as coisas, tu sabes que eu te amo. Jesus lhe disse: Apascenta as minhas ovelhas.
Pedro negara a Jesus da forma mais angustiante. O último contato entre Pedro e o Cristo fora logo após o canto do galo. A profecia se cumprira: antes do galo cantar, Pedro negara, três vezes, conhecer ao Cristo; e quando o galo cantou os olhares de Pedro e do Cristo se encontraram... Nada mais restava a Pedro, senão sair para chorar.
Quando as mulheres, no domingo da ressurreição, foram ao túmulo para embalsamar o corpo de Jesus, encontraram o Anjo, que, após comunicar a ressurreição do Cristo, transmitiu-lhes a missão de comunicar aos discípulos e a Pedro, que o Cristo os encontraria na Galiléia.
Ao orientar ao Anjo que nominasse a Pedro, Jesus comunicou-lhe que fora perdoado e reincluso no colégio dos alunos do Cristo. Estava de volta ao time!
Galiléia dos gentios... Jesus reencontra Pedro. Primeiro, comeram, sempre um momento de descontração, ainda que estivessem diante do numinoso manifesto em carne, o que sempre silencia quem quer que seja. O mistério, quanto mais maravilhoso, mais impõe o pausa da reverência. E, então, começa um diálogo inusitado que não surpreende pelo constrangimento natural, mas pelo conteúdo.
Jesus tem a conversa esperada com seu aluno renegado, mas, para surpresa geral e particular, não toca no assunto. Não inquire sobre os motivos de tal abjeto ato, que, ademais, lhe havia sido avisado com antecedência; não questiona o porquê de não ter pedido ajuda quando teve oportunidade, nem pronuncia o temerário: "eu não lhe disse?".
Jesus, o Cristo, respeita o arrependimento de Pedro. O Messias quer, apenas, saber se a base para a retomada de qualquer relacionamento continua presente no coração do aprendiz. Se Pedro ainda o amava.
O mais triste no pecado é perceber que, ainda que por um momento, um amor consumido pelo egoísmo traiu o amor que sustenta vida, o amor por aquele que, na essência, é amado mais que a própria vida.
Arrepender-se é voltar consternado ao amor que, abandonar leva à perda do sentido da existência. Esse retorno tem de ser respeitado!
Nada mais angustiante do que o desrespeito ao arrependido. Nada mais terrível do que erro já confessado continuar a ser o assunto de rodas de pretensos irmãos. Nada mais aviltante do que pessoas a quem foi pedido perdão, principalmente, se mentores, ficarem a espalhar o que lhes foi dito no lugar sagrado da confissão.
A condicão indispensável para se sustentar a sinceridade do perdão ou do amor é o respeito ao arrependimento. Logo, o respeito ao arrependido. A maneira de respeitar o arrependido é o silêncio que dá lugar ao amor. O arrependimento é fruto de dor que o perdão deveria consolar.
Jesus acreditou em Pedro e lhe devolveu a honra, devolveu-lhe as chaves do Reino. O Cristo sempre faz assim quando perdoa!
E o surpreendente, tendo como base o cristão moderno, é que os demais apóstolos nunca questionaram o ato do Cristo. Ninguém saiu a contestar Pedro ou a reinvidicar para si as chaves pelo Senhor devolvidas. Ninguém nunca mais tocou no assunto. Não há pecado onde Deus não imputa pecado. O arrependimento tem de ser respeitado. Pedro voltou a ser digno de confiança como o deve ser quem quer que tenha se arrependido.

www.ariovaldoramosblog.blogspot.com

domingo, 10 de outubro de 2010

Amigos mais que irmãos!

AMIGOS ECLESIÁSTICOS

Existem cinco etapas para se ter um "amigo eclesiástico".

A primeira etapa é aquela em que o crente ainda leigo se torna membro da igreja e precisa usar crachá, porque quase ninguém sabe o nome dele.

Na segunda etapa, o crente começa a ficar conhecido dentro da igreja e seu sobrenome passa a ser o nome do departamento em que participa. Por exemplo, Paulo da liderança.

Na terceira etapa, o irmão passa a ser conhecido fora da igreja
e o nome da igreja se transforma em seu sobrenome. Paulo da “igreja Evangélica”.

Na quarta etapa, é acrescentado um título eclesiástico ao nome dele:
Paulo, Pastor da “igreja Evangélica”.

Finalmente, a quinta etapa, vem a identificação definitiva. Pessoas que
mal conhecem o Paulo passam a se referir a ele como "o meu amigo
Paulo, Apóstolo da igreja Evangélica".

Esse é o momento em que uma pessoa se
torna, mesmo contra sua vontade, em "amigo eclesiástico”.

Existem algumas diferenças entre um amigo de verdade e um amigo eclesiástico. Amigos de verdade trocam sentimentos.

Amigos eclesiásticos trocam comprimentos.

Uma amizade verdadeira dura para sempre. Uma amizade eclesiástica dura apenas enquanto um estiver sendo útil ao outro.

Amigos de verdade perguntam se podem ajudar. Amigos eclesiásticos solicitam favores. Amigos de verdade estão no coração. Amigos eclesiásticos estão em uma agenda.

É bom ter amigos eclesiásticos. A isso chamamos de rede de relacionamentos.
Melhor ter amigos de verdade. Não confundir uma coisa com a outra!

Amigos eclesiásticos são necessários. Amigos de verdade, indispensáveis.

Na vida eclesiástica, ou no ministério, chega um dia, e esse dia chega rápido, onde os únicos amigos com quem poderemos contar, são aqueles poucos que fizemos, quando ainda éramos leigos!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Sexualidade do Pastor. Capítulo Um

A Sexualidade do Pastor

Por Jasiel Botelho

Este trabalho é resultado de uma mentoria com pastores e conversas com muitos colegas de ministério a respeito da sexualidade. Preparei um seminário sobre este assunto para o congresso anual da SEPAL e fiquei surpreso com o interesse dos colegas pastores, inclusive das esposas que reclamaram não ter o mesmo assunto para elas.

Pela primeira vez, montei o seminário com ilustrações de charges que tenho publicado em meu blog de “Inteligência Conjugal” Com muito humor e descontração tratamos deste assunto tão sério e relevante que é a sexualidade pastoral. Vou colocar neste blog de mentoria em forma de capítulos em cada semana, e se tiver criticas, sugestões ou contribuição, mande para meu e-mail: jasielbotelho@jovensdaverdade.com.br

Existe ainda muito “Tabú” a respeito deste assunto, descobri que não temos livros específicos sobre esta matéria, nos congressos de pastores não se coloca este assunto em pauta para ser discutido, poucos seminários preocupam-se com matéria sobre sexo, em fim, quase não se tem um espaço para se estudar e discutir algo tão importante na vida pastoral. Normalmente se fala da vida espiritual do pastor, da família do pastor, da igreja do pastor, do sermão, da agenda, do sustento, do caráter, etc. Sua sexualidade que é tão importante, não tem prioridade nos encontros e congressos.

O problema é que quando o pastor tem um pequeno deslize na sua sexualidade, a igreja e os colegas o crucifica de forma radical, se o pecado do sexo no ministério pastoral é punido com tanto rigor, por que não tratamos dele com muito mais seriedade, por que não temos livros, cursos, seminários, estudos, e até mesmo clínicas sobre este assunto? Quando um pastor mente, ou se torna vaidoso, ou comete um erro qualquer, quase nada acontece com ele, somos tolerantes com os erros pastorais, menos se ele “pula a cerca”, aliás o pastor não pode nem chegar perto da “cerca”. Não quero defender, nem justificar erros pastorais na área sexual, só não entendo porque tanto rigor de nossa parte, sendo que, somos tão benevolentes quanto a erros nas outras áreas! Punimos nossos colegas com tanto rigor, e não temos um trabalho sério de “Prevenção de Acidentes” com orientações bem claras, avisos, placas, matérias, cadeiras nos seminários, etc.

Uma Carta Pastoral

Minha querida esposa:

Eu desejei fazer amor com você 200 vezes este ano. Consegui apenas 32 vezes. Aqui estão as razões do meu fracasso: 28 vezes você estava com dor de cabeça. 15 vezes você teve dor de coluna. 22 vezes, você disse: “As crianças vão ouvir”. 6 vezes tínhamos visita no quarto ao lado. 20 vezes, você disse: “é muito tarde!”. 12 vezes, você disse: “é muito cedo!”. 8 vezes, você disse: “acabei de trocar os lençóis!”. 7 vezes, você disse: “está muito quente”. 9 vezes, você disse: “está muito frio!”. 31 vezes, você disse: “terei um dia muito ocupado amanhã” 42 vezes, você disse: “tive um dia horrível hoje!”

Portanto querida, não é de admirar que eu esteja tão irritado e nervoso!

Do seu amoroso marido.

Resposta da esposa:

Meu queridíssimo e amoroso marido:

Obrigado por sua lista tão interessante.

Aproveito para fazer a minha também: 12 vezes você esqueceu-se de tomar banho. 26 vezes você não me preparou nem foi carinhoso. 38 vezes não houve conversação romântica. 11 vezes você queria “rapidinhas” antes do culto! 7 vezes você estava com mal hálito. 15 vezes você foi agressivo comigo durante o dia. 9 vezes você me ignorou na igreja depois do culto. 48 vezes você nem ouviu como foi o meu dia.

Portanto, não é de admirar que eu esteja tão desinteressada.

Sua amorosa e querida esposa.

Embora seja uma caricatura cheia de humor, esta carta reflete a situação de muitos de nós pastores, uma vida sexual frustrada. Isto coloca em risco a vida e o ministério do pastor, o pastor que não tem sua sexualidade ajustada, Poe em risco sua vida, a de sua esposa, de sua família e a vida da igreja. Pena que muitos de nós não temos coragem de tratar nossos problemas sexuais, como o exemplo desta carta, direto e abertamente. Como seria bom se fizéssemos uma avaliação honesta e verdadeira de nossa vida sexual, evitaríamos muitos problemas pastorais. Gostaria de dar minha contribuição neste assunto de uma forma pratica, positiva e bem humorada.

UM TESTE DE CONCEITOS E PRÁTICAS SEXUAIS

1. Em minha opinião sexo em geral.

a) Não é espiritual. b) Não é santo, mas necessário. c) É totalmente santo e puro.

2. O ato sexual no casamento é:

a) Um ato natural. b) Um ato espiritual. c) Um ato carnal.

3. Para mim a importância do sexo no casamento é de:

a) 10%. b) 50% c) 100%.

4. Eu creio que o ato sexual no casamento:

a) Quanto menos, mais santidade. b) Quanto mais, mais pureza. c) Não tem nada a ver com santidade.

5. A esposa ter o impulso sexual mais forte do que o marido:

a) Seria maravilhoso. b) É errado. c) Não seria aconselhável.

6. Qual a posição correta para o ato sexual?

a) O tradicional “papai e mamãe”. b) Todas as posições imagináveis! c) Não existe posição certa ou errada.

7. Como uma esposa pode sentir o orgasmo durante o ato sexual?

a) Com a penetração. b) Com carícias nos seios. c) Com a manipulação do clitóris.

8. Qual deveria ser a freqüência do ato sexual no casamento?

a) Todos os dias. b) duas ou três vezes por semana. c) Uma vez por semana.

9. O que mais atrapalha o ato sexual:

a) Falta de privacidade. b) Falta de higiene. c) Muito cansaço.

10. Eu daria para a sexualidade no meu casamento:

a) Nota _____ para os primeiros anos. b) Nota_____ para o presente. c) Gostaria de ter a nota____

11. A relação sexual no casamento deve ser:

a) Um ato muito sério. b) Uma obrigação marital. c) Pura diversão e lazer.

12. Durante o orgasmo o casal deveria:

a) Gritar. b) gemer baixinho. c) Ficar em silêncio.

13. Com respeito ao orgasmo:

a) A esposa deve sentir primeiro. b) Os dois devem sentir juntos. c) O marido deve sentir primeiro.

14. A relação sexual do casal:

a) Deve ser programada com antecedência. b) Surpresa! c) Quando pintar um clima!

15. Vocês dois irem num Motel:

a) Eu acho muito errado. b) Eu me sentiria constrangido. c) Seria ótimo!

16. Sexo oral:

a) Eu acho certo. b) Não acho aconselhável. c) Eu acho muito errado.

17. Sexo anal:

a) Não vejo problema algum. b) Creio que não seria legal. c) Para mim é abominável.

18. O casal usar fantasias eróticas para melhorar o desempenho sexual.

a) Minha opinião: é muito errado. b) Não seria aconselhável. c) Não vejo nenhum problema.

19. O casal discutir seus problemas sexuais:

a) É muito difícil para eu fazer isto. b) Acho muito necessário. c) Eu não gostaria de jeito nenhum.

20. O casal tomar banhos juntos:

a) Seria maravilhoso. b) Eu me sentiria constrangido. c) Mas nem que a vaca tussa!

Este teste deve ser aplicado ao colega e a sua esposa separadamente, depois vocês devem comparar suas respostas e conversar sobre elas, somem as respostas que estiverem iguais, se concordaram com mais de 50% delas, isto quer dizer que vocês estão indo bem no seu relacionamento sexual.

Continua na próxima semana.

Sexto Retiro Espiritual do PAM